R$ 5 bilhões, navios-hotel e polêmica: Saiba tudo sobre a COP 30 em Belém
- Bolin Divulgações

- 9 de nov.
- 2 min de leitura
A Conferência das Partes acontece desde 1995 e promete trazer assuntos climáticos importantes para serem debatidos entre grandes líderes mundiais no Brasil

Belém, no Pará, se prepara para receber um dos eventos mais importantes da agenda global: a COP 30, conferência climática da ONU marcada para começar na próxima segunda-feira (10/11). A cidade amazônica vai se transformar no centro das discussões sobre o futuro do planeta, colocando o Brasil no foco do debate internacional sobre meio ambiente e economia climática.
A sigla para Conferência das Partes, reúne representantes dos 197 países que integram a Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. A edição de Belém será a 30ª desde 1995 e quer reforçar o compromisso assumido no Acordo de Paris, que tenta limitar o aquecimento global a 1,5°C.
A expectativa é de uma verdadeira “caravana” internacional, já que até o momento 191 países foram credenciados segundo a CNN Brasil. Chefes de Estado, ministros, diplomatas, negociadores, cientistas, empresários, investidores, organizações ambientais, ativistas e povos indígenas devem marcar presença.
Inclusive, a previsão é de que a agenda da COP 30 enfrente temas decisivos, como o financiamento climático. Países em desenvolvimento vão cobrar o cumprimento do repasse anual de US$ 100 bilhões prometidos por nações ricas.
O Brasil terá os olhos do mundo sobre suas políticas contra o desmatamento e sobre modelos de desenvolvimento sustentável na região da Amazônia. Um outro ponto importante e previsto para ser abordado é a transição energética, com a redução de combustíveis fósseis e expansão de energias renováveis.
Os custos e o legado que a COP 30 deixa ao Brasil
Nesse primeiro momento, o Governo Federal prevê um investimento de cerca de R$ 5 bilhões em obras de mobilidade, saneamento, segurança e modernização do aeroporto de Belém. A promessa é de que a cidade saia mais estruturada, e não apenas “maquiada” para o evento.
Ainda não houve uma atualização sobre os valores, mas eles ainda devem ser divulgados. A COP é vista como uma oportunidade para atrair recursos e projetos voltados à bioeconomia e tecnologia verde na Amazônia.
A polêmica da hospedagem em Belém
Quando a notícia da escolha da cidade onde o evento seria realizado foi anunciada, veio junto uma preocupação: onde acomodar tanta gente? A oferta de hotéis é limitada e os preços dispararam. Com medo de um “apagão de hospedagem”, governo e ONU já trabalham em soluções.
Entre eles, uma das apostas envolve os Navios-hotel, que serão ancorados na Baía do Guajará e grande parte deles já chegaram. Aluguel de imóveis privados também entrou como parte da estratégia, numa espécie de mutirão de hospedagem.
Antes disso, uma preocupação gigantesca deu o que falar após os valores abusivos que alguns estabelecimentos chegaram a cobrar por hospedagens na cidade. A ONU chegou a mostrar preocupação com o caso e sugiram boatos de uma possível mudança de sede.
Além da organização do evento, o país terá de mostrar resultados concretos no combate ao desmatamento. O discurso oficial de liderança ambiental será testado diante da vitrine mundial.




