Presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar cobra endurecimento das leis contra criminosos após operação
- Bolin Divulgações

- 29 de out.
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Após operação no Rio de Janeiro, Bacellar afirmou que é hora de somar forças em prol do Estado

Após a maior operação da história do estado do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV), que deixou até o momento mais de 100 mortos, 81 presos e mais de 100 fuzis apreendidos, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União/RJ), usou as redes sociais para afirmar que está comprometido em somar forças no combate ao crime organizado e voltou a cobrar o endurecimento de leis. “Em primeiro lugar, meus sentimentos pelos 4 policiais mortos na operação de hoje, 2 da Civil e 2 do Bope. Me solidarizo, também, com os policiais e inocentes feridos”, escreveu em suas redes sociais.
Bacellar, que recentemente criou um Pacote de Enfrentamento ao Crime já sancionado, também voltou a mencionar a necessidade de endurecer a legislação. Segundo ele, muitos dos “bandidos” que trocaram tiros na operação já entraram e saíram várias vezes do sistema prisional. O presidente da Alerj defende uma legislação mais dura e eficaz, que evite que, em suas palavras, “marginais sejam presos hoje e soltos amanhã”.
Por fim, Bacellar afirmou que não é momento de “palanque político” e que está disposto a cooperar e somar forças com todas as esferas, independentemente de lado político. Ele reiterou que um Rio mais seguro é “o desejo de todas as famílias de bem do Estado”.
A ação, chamada pelo governo fluminense de Operação Contenção, ocorreu principalmente nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, nesta última terça-feira (28/10). Participaram cerca de 2,5 mil agentes, com apoio do Ministério Público estadual, para cumprir centenas de mandados contra o Comando Vermelho. Ao longo do dia houve tiroteios intensos, barricadas e interrupções na cidade, inclusive com aulas suspensas em dezenas de escolas e universidades.
Números oficiais preliminares apontaram ao menos 64 mortos, sendo 4 policiais e o restante suspeitos; e 81 presos, além da apreensão de quase 100 fuzis e grande quantidade de drogas. Outros relatos locais elevaram o total de mortos para acima de 100 à medida que corpos foram sendo localizados em áreas de mata nas horas seguintes.
A operação gerou forte repercussão política e institucional. O governador Cláudio Castro a classificou como um “sucesso” e disse que os policiais seriam as únicas vítimas, declaração contestada pelos balanços que incluem dezenas de suspeitos mortos. Organizações como ONU e Human Rights Watch criticaram a letalidade e pediram investigação independente. Na Alerj, a Comissão de Direitos Humanos cobrou explicações formais das polícias e do Ministério Público.




