O líder norte-coreano, Kim Jong Un, disse que seu país não hesitaria em lançar um ataque nuclear se um inimigo o provocasse com armas nucleares, informou a mídia estatal nesta quinta-feira (21).
Kim fez o alerta ao se reunir com soldados que trabalham para o departamento militar de mísseis. Ele parabenizou os militares pelo recente exercício de lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) realizado pela Coreia do Norte, informou a agência de notícias estatal KCNA.
Ele afirmou que o teste demonstrou a lealdade e a posição forte das forças armadas e foi “uma explicação clara do modo de contra-ação ofensiva e da evolução da estratégia e doutrina nuclear da RPDC para não hesitar até mesmo de um ataque nuclear quando o inimigo o provoca com armas nucleares”, pontuou a KCNA.
RPDC é a abreviatura do nome oficial da Coreia do Norte, República Popular Democrática da Coreia. O governo norte-coreano anunciou esta semana que testou seu mais novo ICBM na segunda-feira para avaliar a prontidão de guerra de suas forças nucleares contra a crescente hostilidade dos Estados Unidos.
Kim Jong Un disse que o lançamento de segunda-feira mostrou a alta mobilidade e a capacidade de ataque rápido dos militares, e apelou a esforços para fortalecer ainda mais a sua eficiência de combate, informou a KCNA.
Os principais diplomatas dos EUA, Coreia do Sul e Japão emitiram na quarta-feira uma declaração conjunta condenando os recentes lançamentos de mísseis balísticos da Coreia do Norte e pediram que Pyongyang inicie um “diálogo substantivo sem condições prévias”.
Em uma declaração separada, a irmã do líder norte-coreano, Kim Yo Jong, condenou o Conselho de Segurança da ONU por realizar uma reunião sobre o lançamento do míssil, destacando que o teste é um exercício do direito do país à autodefesa.
“O Conselho de Segurança da ONU deveria atribuir grande responsabilidade ao comportamento e ação irresponsável dos EUA e da Coreia do Sul, que agravaram a tensão na península coreana através de todos os tipos de provocações militares durante todo o ano”, disse ela.
Do outro lado, os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão realizaram um exercício aéreo conjunto envolvendo um bombardeiro estratégico dos EUA perto da península coreana na quarta-feira.