Ex-deputado Rafael Motta deixa a UTI
- Bolin Divulgações

- 9 de set.
- 3 min de leitura
O ex-deputado Rafael Motta saiu da UTI do hospital particular onde está em São Paulo, depois de quase três semanas do acidente com kitesurf que o levou a ser internado.

A informação foi publicada pelo político nas redes sociais, na noite desta segunda-feira (8).
“Mais uma etapa vencida: deixei a UTI! Até aqui, Deus não soltou a minha mão. E sei que vocês também não. Minha gratidão a Ele, a cada um de vocês, e a todos os profissionais que tornaram isso possível”, escreveu.
Na última sexta, Motta publicou o primeiro vídeo andando após sofrer o acidente. Ele passou por várias cirurgias e sofreu politrauma com fratura complexa do tipo C na 4ª, 5ª e 6ª vértebras torácicas. O ex-parlamentar tem demonstrado boa evolução no quadro de saúde. Na quinta (04), ele já havia publicado uma foto fora da cama, sentado, lendo um livro.
Rafael Motta sofreu um acidente durante a prática de kitesurfe no dia 22 de agosto, próximo ao Forte dos Reis Magos, em Natal. No dia seguinte ele foi submetido a uma cirurgia para corrigir uma lesão no brônquio e permaneceu internado na UTI do Hospital Walfredo Gurgel.
O ex-deputado foi transferido para São Paulo no dia 24 para continuar o tratamento. Ele chegou a ficar intubado em coma induzido, internado na UTI do Hospital Vila Nova Star.
Local onde ocorreu acidente tem prática do kitesurf proibida
Segundo o ativista ambiental, professor de educação física e especialista em esportes aquáticos no mar e em ecossistemas costeiros, Milton França, a prática do kitesurf na área em que Rafael Motta sofreu o acidente é considerada irregular, apesar de continuar ocorrendo sem nenhuma fiscalização, o que representa um risco tanto para os atletas como para os banhistas.
O professor revelou que ele próprio já denunciou a situação irregular à Capitania dos Portos, que foi ao local orientar os kitesurfistas sobre a proibição de praticar o esporte naquela área. Apesar do alerta, muitos voltaram a velejar no local e tiveram os equipamentos apreendidos.
Idealizador do projeto “Hidro na Praia”, que há mais de duas décadas dá aulas de hidroginástica e natação no mar, Milton observou que a “Norma Marítima 03”, editada pela Marinha do Brasil, determina que modalidades como o kitesurf, jetsurf e outras com equipamentos rebocados ou hidrojatos só podem ser praticadas a partir de 200 metros da linha da praia, em áreas de mar aberto. Essa distância, no entanto, não existe em nenhum ponto do complexo abrigado entre as praias do Forte e do Meio.
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Relato do acidente
O pai de Rafael, Ricardo Motta, contou em entrevista à 98 FM como o acidente ocorreu. Ele estava fora de Natal, mas uma testemunha fez o relato.
O ex-deputado sofreu duas quedas, inclusive, em uma delas estava desacordado, o que o fez despencar de uma altura de mais de 10 metros em queda livre.
O acidente, de acordo com o relato, teria começado a partir de uma corrente de vento inesperada.
“Ele caiu e quando caiu, caiu tonto, quase que desacordado. E ele de joelho lá falando com a pessoa que foi socorrer disse: ‘eu não estou respirando bem’. Aí ele deu um desmaio. Na hora que ele deu um desmaio, essa pessoa, coitada, foi pegar no kitesurf, que tem os manetes do kitesurf, quando pegou nos manetes do kitesurf, o kitesurf inflou novamente. Na hora que inflou, levou o Rafael pra cima desacordado a 12, 13 metros, não sei direito. Então, o Rafael subiu desacordado e caiu em queda livre novamente. Aí foi o Samu, enfim, o Walfredo, todos os médicos, os enfermeiros, a equipe técnica, graças a Deus salvaram o Rafael”, disse o pai, que agradeceu as mensagens de apoio recebidas.




