Corinthians revela que mais de um quarto da receita está comprometido com dívidas.
- Bolin Divulgações

- 11 de set.
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Clube apresentou plano de pagamento em 10 anos no Regime de Centralização de Execuções, enquanto perito judicial aponta endividamento de 27,4%.

O Corinthians comunicou à Justiça que 26% de suas receitas estão atualmente comprometidas com o pagamento de dívidas. Entre os compromissos estão obrigações trabalhistas, incluindo FGTS, financeiras, desportivas, cíveis, tributárias e relacionadas à arena do clube. As informações foram publicadas pela ESPN.
A informação consta na documentação enviada ao Regime de Centralização de Execuções (RCE), ferramenta em que o clube busca organizar um plano de quitação de credores, como empresários e fornecedores.
O clube rejeitou a destinação de 20% das receitas para liquidar os R$ 192 milhões de dívidas validados pelo administrador judicial responsável pelo RCE, propondo em vez disso um pagamento parcelado em dez anos. Segundo o plano, seis anos seriam destinados a quitar 60% do débito e os quatro anos restantes, o valor restante.
O clube detalhou que a destinação das receitas recorrentes começaria com 4% no primeiro ano, 5% no segundo e 6% a partir do terceiro ano. A divisão dos pagamentos seguiria o critério de 35% para os chamados “credores parceiros”, 25% para credores preferenciais e 40% para os que não se enquadram em nenhuma dessas categorias.
“São considerados ‘credores parceiros’ aqueles que mantiverem a prestação de serviços e/ou fornecimento ao Corinthians após o pedido do Regime Centralizado de Execuções, em condições normais de mercado”, explicou a documentação.
Em resposta, o perito judicial responsável pelo processo apontou que, após análise das contas do clube, o endividamento parcelado do Corinthians atinge aproximadamente 27,4% do faturamento anual. Apesar desse índice, o perito destacou que a análise financeira apresentada pelo clube demonstra viabilidade econômica para o pagamento do RCE nos moldes propostos, com possibilidade de quitar cerca de 60% da dívida em até seis anos.




