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Cenário pré-eleitoral do RN em 2026 fica mais incerto com novos nomes na disputa

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O tabuleiro político do Rio Grande do Norte para as eleições de 2026 ficou ainda mais incerto com a movimentação de lideranças que até então não eram cogitadas para a disputa ao Governo do Estado. Enquanto o campo governista demonstra unidade em torno da pré-candidatura do secretário estadual da Fazenda, Cadu Xavier (PT), a oposição se fragmenta cada vez mais, afastando as pretensões de formar um palanque único para disputar a sucessão da governadora Fátima Bezerra (PT).


Fátima Bezerra reafirmou que Cadu é o nome escolhido para sucedê-la e que a candidatura dele “é para valer”. A petista também confirmou que renunciará ao cargo em abril do próximo ano para disputar uma vaga no Senado Federal, reforçando o movimento do seu grupo político para se manter à frente do Executivo do RN.


A escolha de Cadu Xavier, segundo a governadora, conta com o respaldo das legendas que compõem sua base aliada. Ela citou que o PT está construindo uma “frente ampla de partidos de perfil progressista e de centro-esquerda”, mencionando que já integram o grupo o PSB, PDT, PV, PCdoB e Rede.


A governadora também disse acreditar que o PSOL não lançará candidatura própria ao Governo do Estado, indicando que o partido poderá apoiar já no primeiro turno a candidatura de Cadu Xavier.


Fátima ressaltou, ainda, a importância do MDB do vice-governador Walter Alves, que assumirá o governo estadual em abril, após a renúncia da governadora para ser candidata a senadora, mas declinou de disputar a reeleição para apoiar o pré-candidato do PT.


“O vice-governador foi convidado por mim e pelo presidente Lula para ser candidato, ele tem direito à reeleição, mas deixou muito claro, em reiteradas conversas, que não é esse o desejo dele”, disse a governadora em entrevista à Band RN.


“A candidatura do nosso grupo tem nome: chama-se Cadu Xavier. Uma candidatura pra valer, pra ir inclusive ao segundo turno”, enfatizou a governadora, afastando as especulações sobre uma possível mudança de planos de Walter Alves.

As especulações foram alimentadas pelo próprio pai de Walter Alves, o ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB), que poucos dias depois de declarar apoio a Cadu Xavier, em um evento do PT, disse que poderia haver um “fato novo”.


“A decisão de Walter [de não se candidatar] está cada vez mais se consolidando, no sentido de que ela se torne irreversível. Mas, até lá, nós poderemos ter algum fato novo”, declarou o ex-senador em entrevista à Rádio Mix.


Novos possíveis pré-candidatos aprofundam divisão da oposiçãoEnquanto na base governista a palavra de ordem é unidade, apesar do ruído provocado pelas declarações contraditórias de Garibaldi, no campo oposicionista o cenário é o oposto.


O senador Rogério Marinho (PL) se apresenta como o principal nome do bolsonarismo para disputar o Governo do RN, mas enfrenta concorrência direta de outras lideranças.


O ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos) e o prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (União Brasil) também mantêm suas pré-candidaturas, enfraquecendo a possibilidade de uma coalizão oposicionista mais ampla.A situação ganhou novos contornos com a declaração do senador Styvenson Valentim (PSDB). Ele afirmou, em declaração ao “Diário do RN”, que ainda não decidiu se disputará o Governo do Estado ou o Senado, mas admitiu que pode concorrer ao Executivo do RN caso Rogério Marinho desista da sua pré-candidatura.


A indefinição adiciona uma nova variável ao jogo oposicionista.Outro fator que embaralha o cenário é a volta do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSD), ao debate sucessório. Até então especulado como candidato a deputado federal, ele admitiu que poderá disputar o Governo ou o Senado após a divulgação de pesquisas recentes que o colocaram em uma boa situação na preferência do eleitorado da Grande Natal.Uma eventual candidatura do ex-prefeito da capital criaria dilemas para sua correligionária, a senadora Zenaide Maia (PSD). Caso ele dispute o Governo do Estado, ela seria pressionada a apoiar Carlos Eduardo, mesmo tendo declarado apoio a Allyson Bezerra.


Por outro lado, se decidir se candidatar novamente a senador, cargo que disputou em 2022, entraria em rota de colisão com a própria senadora, com quem disputaria votos, colocando em risco a reeleição da vice-líder do governo do presidente Lula (PT) no Senado Federal.


 
 
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