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Celso Sabino é expulso do partido União Brasil; ministro acusa partido de decisão “injusta”

Ministro do Turismo no governo Lula afirma que foi afastado por manter apoio ao presidente e criticou intervenção da sigla no diretório do Pará


Ministro do Turismo, Celso Sabino (Foto: Gabriela Biló/Folhapress)

A crise entre o União Brasil e o ministro do Turismo, Celso Sabino, ganhou atualizações nesta segunda-feira (8/12), quando a Executiva Nacional da legenda decidiu pela expulsão imediata do parlamentar, acompanhada do cancelamento de sua filiação. A medida foi tomada após Sabino descumprir a determinação do partido, feita em setembro, para que todos os filiados deixassem cargos no governo federal.


Segundo o União Brasil, a decisão se baseia em uma representação interna apresentada após Sabino optar por permanecer no comando do Turismo, contrariando a linha adotada pela sigla desde o rompimento com o governo Lula. A legenda explicou, em nota, que a permanência dele no cargo configurou desobediência a uma resolução partidária válida para todos os quadros.


Em uma live nas redes sociais, Sabino reagiu, classificando a expulsão como “equivocada e injusta”. Ele afirmou que não poderia abandonar o ministério faltando poucas semanas para a realização da COP30, em Belém; e que seguir no governo foi uma escolha baseada no que considera “o melhor projeto para o Brasil”, em referência ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. “Intervieram no diretório do estado Pará sem que tivesse feito nada, nenhuma infração regimental e descumprido qualquer tipo de determinação do partido. […] Fizeram uma intervenção de cima para baixo, uma coisa realmente muito difícil de se aceitar. […] Eu saio hoje do União Brasil com a minha cabeça erguida porque saio com a minha ficha limpa”, declarou.


A ruptura entre Sabino e a sigla já vinha se agravando desde outubro, quando o ministro foi afastado de postos internos e perdeu o comando do diretório paraense. Aliados afirmam que sua permanência na Esplanada dos Ministérios foi influenciada pelo cenário eleitoral de 2026, já que ele planeja disputar uma vaga no Senado com apoio de Lula e visibilidade ampliada pelos eventos ligados à COP30.


No próprio vídeo em que falou sobre sua expulsão do partido, Sabino confirmou que foi listado a ser pré-candidato a senador: “Sigo na minha pré-candidatura ao Senado da República, sigo ao lado do melhor presidente que o Brasil já teve e trabalharei no estado do Pará para que o presidente Lula, no início do ano que vem, se consagre vitorioso”, afirmou.


Sabino confirmou que já iniciou conversas com outras legendas. A jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) garante que, por ter sido expulso, ele mantém o mandato de deputado federal e pode se filiar a outro partido sem risco de perda da cadeira.

Apesar das pressões internas, o ministro reafirmou que continuará no Turismo até o prazo de desincompatibilização, em abril de 2026, quando pretendentes a cargos eletivos precisam deixar funções no governo.


 
 
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