Candidatura única de oposição pode obrigar Zenaide a recalcular rota para 2026
- Bolin Divulgações

- 30 de jul.
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A principal afetada por uma eventual construção de uma frente ampla de centro-direita visando às eleições de 2026 no Rio Grande do Norte poderá ser a senadora Zenaide Maia (PSD). Em se confirmando esse cenário, ela será obrigada a reclacular a rota para tentar se reeleger no próximo ano.
Embora seja vice-líder do governo Lula no Senado, Zenaide vem dando sinais de rompimento com o PT para apoiar a pré-candidatura a governador do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (PSD), mas sua presença no palanque oposicionista foi vetada pelo também pré-candidato a governador, o senador Rogério Marinho (PL).
“Eu tenho o maior respeito pela senadora Zenaide. Pessoalmente, convivo bem com ela, gosto dela. Mas a visão que ela tem de Brasil não é a que eu tenho”, disse o senador, em entrevista a uma rádio de Natal.
O deputado estadual Gustavo Carvalho (PSDB), aliado de Rogério Marinho, também rechaçou uma aliança com Zenaide Maia.
“O PL não pode perder a coerência de discurso e a senadora Zenaide tem um discurso que é contrário ao nosso pensamento”, pontuou.

As declarações indicam que, se o nome escolhido para representar a oposição for o do senador Rogério Marinho, como defende a ala bolsonarista, Zenaide poderá ficar sem palanque em 2026, uma vez que ela vem apostando todas as suas fichas na aliança com Allyson Bezerra.
A aproximação política de Allyson com Zenaide, no entanto, é justamente um dos entraves para que o prefeito mossoroense seja ungido como candidato de consenso da oposição.
De longe, a senadora torce pelo fracasso da movimentação para a construção da “frente ampla de oposição”, o que poderia favorecer a consolidação do nome de Allyson Bezerra como candidato da “terceira via” ao Governo do Estado.
A decisão da oposição sobre ter ou não um candidato único a governador no próximo ano definirá também para onde irá Zenaide.
Eleita em 2018 na mesma coligação da governadora Fátima Bezerra (PT), ela foge pela tangente quando questionada se fará ou não dobradinha com a petista, que renunciará ao cargo no final de março para tentar retornar ao Senado.
A senadora vem desdenhando dos acenos do PT, mas poderá ser obrigada a rever seu posicionamento caso Allyson Bezerra não consiga viabilizar sua candidatura ao Governo do Estado. Neste caso, Zenaide se veria obrigada a subir no palanque de Fátima e do pré-candidato petista a governador, o secretário estadual da Fazenda Cadu Xavier.
Consenso é defendido pela Federação União Progressista

A intenção de construir uma candidatura de consenso de centro-direita foi revelada após uma reunião com representantes da Federação União Progressista, formada pelo PP e União Brasil, que contou com a presença do prefeito mossoroense Allyson Bezerra, do prefeito de Natal Paulinho Freire (UB), da deputada federal Carla Dickson (UB) e dos deputados federais Benes Leocádio (UB), Robinson Faria (PP) e João Maia (PP).
Depois da reunião, liderada pelo ex-senador José Agripino Maia, presidente estadual do União Brasil, Benes Leocádio disse que a meta da federação, além de manter o número de deputados federais, é “a construção da unidade de uma candidatura de centro-direita visando o pleito de 2026”, dando como exemplo a aliança que levou à eleição de Paulinho Freire em Natal em 2024.
Apesar de enfatizar que o grupo vai trabalhar para chegar a um consenso em torno de uma candidatura única da oposição para disputar a sucessão da governadora Fátima Bezerra, Benes Leocádio mas admitiu que “ainda não houve definição”.




